Influências indígenas na Clube Chocolate

Como já é de praxe, a Clube Chocolate se prepara para a semana de moda com uma homenagem às raízes culturais brasileiras. Durante o São Paulo Fashion Week, a loja da Oscar Freire vai se transformar em uma aldeia guarani, com direito a uma oca de sapê instalada na praia do restaurante no primeiro piso. 

A diretora de visual merchandising da loja, Isabela Miralha, aproveitou a enorme fachada da loja, de 10 m de altura, que recebe uma série de desenhos de grafismos indígenas. “É um espaço incrível que temos na Oscar Freire, como se fosse um outdoor�, diz.

O artista plástico Rodrigo Bueno, especialista em manifestações da cultura indígena e popular, cuidou da vitrine, onde reproduz uma floresta. No painel de fundo, a madeira reciclada dá o tom. O material, especialidade do artista, também é a matéria-prima dos seus quadros, que serão expostos na loja.
Onze fotos de tribos indígenas também fazem parte do evento.

O trabalho é do fotógrafo João de Orleans e Bragança, que esteve, 20 anos atrás, com os índios xingus, no Mato Grosso do Sul. Ele também expõe imagens da tribo dos maiás, que habitam uma região do Amazonas, na fronteira com a Colômbia, que só pode ser acessada por barco, em uma viagem de treze horas.

A oca, no restaurante da loja, foi construída por índios guaranis que habitam a região de Parelheiros, na zona Sul de São Paulo. O cacique Timóteo, que supervisionou os trabalhos, estará na loja durante um período da exposição, acompanhado de uma índia que confeccionará cestos trançados que poderão ser comprados pelos clientes.

As roupas da loja nesse período também reproduzem a temática indígena, através de peças com tecidos leves, como crochê e algodão e sapatos de juta, tudo com muitas aplicações. São três linhas: Jeans, inspirada em lendas e mitos, Bossa, de Adriana Barra, inspirada em danças, festas e folguedos, e Studio Chocolate, inspirada em grafismos e no folclore indígena.







fotos: Divulgação