Miuccia Prada

foto:michelesintl.com
Formada em ciências polÃticas e ex-militante do Partido Comunista Italiano, Miuccia Prada está hoje na ponta da lança da moda. O que ela faz vira tendência. Na última temporada de Milão, as editoras de moda usavam faixas no cabelo, como a modelo russa Sasha na campanha anterior da marca. Os modelos escolhidos pela estilista sempre despontam, como as brasileiras Liliane Ferrarezi, Raquel Zimmermam e Lucas Mascarini. Anna Wintour, editora da "Vogue América", chegou a dizer que a estilista era a única razão para alguém ir à temporada de Milão.
A história da marca vem de longe. Mario Prada fundou a grife de couro em 1913. O forte eram os artigos de luxo. Quando Miuccia, sua sobrinha, assumiu a criação, em 1978, a empresa já perdera muito do seu brilho. Ela lançou, então, uma linha de bolsas pretas em nylon, que foi usada por modelos como Jerry Hall e Marie Helvin e chamou a atenção para a grife. "Uma bolsa ou um sapato são boas maneiras de se identificar estilisticamente, sem ter que se estressar com o look inteiro", afirmou a estilista.
Foi, porém, em 1989, com sua primeira coleção prêt-à -porter, que Miuccia deu provas de que mudaria o negócio da famÃlia. O público, acostumado com a "sensualidade em forma de roupa", se surpreendeu com as linhas retas e o tom intelectual da coleção. A crÃtica comparou Prada à Gucci: enquanto a garota Gucci está tomando tequila no fundo de um nightclub vestindo minisaia e top, a garota Prada está num café lendo Proust.
Em 1992, Miuccia lançou a Miu Miu, marca com preços mais em conta. Na retaguarda da empresa está Patrizio Bertelli, marido de Miuccia e responsável pela administração do grupo Prada, hoje proprietário também das marcas Helmut Lang e Jil Sander.
Além da moda, o grupo revoluciona na arquitetura, com seus projetos de lojas assinados por importantes arquitetos contemporâneos como o holandês Rem Koolhaass, que fez a filial de Nova York.
créditos: folhaonline